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O vinho rosé está retornando, e agora é para ficar! Assim deixando para trás a má fama de outros tempos. Ele tem conquistado cada vez mais o mercado!
Os vinhos rosados são agradáveis, leves e versáteis.
Os rosés são vinhos sutis com qualidade de brancos, porém, feito de uvas tintas com seus sabores peculiares, recebendo durante sua elaboração uma pequena quantidade de componentes dos tintos (cor, taninos).
O que altera bastante a estrutura gustativa e o que os capacita a acompanhar pratos mais estruturados, onde, por exemplo um vinho branco ficaria leve demais, o vinho rosé se encaixa perfeitamente.
Caracterizado pela sua leveza e teor alcoólico baixo, o vinho rosé inicialmente era somente um vinho adocicado e gaseificado.
Hoje encontramos um perfil de rosés diferentes, sendo modernamente vinhos mais complexos, secos e com elevada qualidade, tornando-se vinhos finos e de mesa e não apenas para aperitivos.
Qualquer vinícola em Portugal dispõe de um bom vinho rosé
A escolha de um vinho rosé é uma ótima pedida, principalmente para o verão.
Apresentam-se com sutileza e versatilidade gastronômica, o que lhes permitem a combinação com pratos igualmente típicos de climas quente.
Pratos menos pesados e com preparações mais simples e diretas, harmonizando muito bem com peixes e frutos do mar.
Um bom vinho rosé, deverá apresentar em sua análise sensorial, os seguintes elementos:
- Coloração entre a tonalidade pêssego, salmão, rosa e até nos mais intensos beirando púrpura.
Segundo uma pesquisa realizada em Provence – capital mundial dos rosés, esse tipo de vinho pode apresentar até vinte e uma tonalidades diferentes;
- Aromas de frutas (cereja, framboesa, morango, pêssego e cítricas), além de flores;
- Paladar fresco, com acidez boa, corpo leve, frutado e ocasionalmente, com discreta sensação de doçura (de 2 a 2,5 vezes mais açúcar residual que os tintos secos).
Uvas mais usadas para um bom vinho rosé:
Chardonnay: É o alicerce na produção de vinhos brancos secos e espumantes.
Se cultivada em locais frios e amenos é leve e refrescante, enquanto que, em locais de clima quente, desenvolve corpo e densidade exuberante.
Cabernet Sauvignon: É conhecida internacionalmente como a “Rainha das uvas tintas”.
Com potencial para longa vida, é a mais nobre e ilustre uva tinta do mundo, dispõe de uma cor intensa e de um elevado teor de tanino.
Grenache: Atualmente, é a segunda casta de uvas mais cultivada no mundo todo. É muito versátil e origina vinhos aromáticos, com pouco tanino e baixa acidez.
Merlot: A maciez e a doçura do Merlot ajudam a equilibrar os traços mais fortes das outras uvas.
Pinot Noir: Seu vinho tem uma cor um pouco mais suave, translúcido, mas não se confunda pensando que é uma uva leve.
Ela é utilizada na produção dos melhores champanhes e espumantes.
Como essas uvas viram vinho rosé, e não vinho tinto?
Não há uma “receita única” para produzir vinho rosé. Vai depender da estratégia do enólogo, e daquilo que se espera do vinho.
Vamos conhecer como podem ser os diferentes métodos para produção do vinho rosé:
Maceração curta
A maceração curta define bem o que é um vinho rosé.
Maceração é a operação física em que a parte sólida das uvas (cascas e sementes) é levemente amassada por um período reduzido de tempo, juntamente com o mosto (suco da película da fruta – taninos e antocianos, responsáveis pela coloração).
Até que se atinja a coloração desejada e em seguida eles são separados.
Depois de extraído das partes sólidas, o mosto é encaminhado para as cubas, (grandes tanques de fermentação de aço inoxidável), seguindo o processo dos vinhos brancos, inclusive com baixas temperaturas de fermentação.
Sangria
Durante a maceração de um vinho tinto, drena-se uma pequena porcentagem do suco, em torno de 10%, de maneira a gerar um tinto com aromas e sabores mais concentrados.
O líquido mais claro proveniente desta drenagem, ou sangria, é então fermentado, produzindo o rosé. Os vinhos produzidos com o método de sangria tendem a ser rosés especificamente mais escuros e mais alcoólicos.
Mistura de uvas
Cada vez menos aplicado, o procedimento consiste na mistura de uvas brancas e tintas, antes da fermentação. O resultado dos vinhos produzidos por esse método proporciona baixo controle sobre o resultado.
E você? Já se rendeu aos Rosés?
Experimente e tire suas próprias conclusões, vale a pena! 🙂